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Vinhos
Deixe-se seduzir pelos vinhos de Lagoa, que na sua essência traduzem a história, o património, a experiência, os saberes e a arte de várias gerações.
Os vinhos desta região são o expoente de um conjunto de circunstâncias únicas, das quais se destacam: uma história de séculos que remonta à presença árabe na região, uma região vitícola demarcada, desde a década de 80, brindada por um conjunto de condições ímpares (zona bem definida, com feições características, conferidas pela proximidade do mar, pelo clima, pela vegetação natural e pela cultura marcada pela longa ocupação árabe) que proporcionam uma produção de excecional qualidade, reconhecida nacional e internacionalmente através das nomeações e prémios atribuídos.
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Enquadramento Histórico
A ligação de Lagoa ao vinho remonta a tempos imemoráveis. Fenícios, Cartagineses, Romanos, Árabes e outros povos que demandaram as terras do sul da Península Ibérica, desde sempre reconheceram, nos territórios que hoje constituem o nosso concelho, condições únicas para a cultura da vinha.
Para que a memória não se apague, no ano em que a Filoxera atacou e devastou toda a zona do Douro vinhateiro (segunda metade do seculo XIX), do Algarve, nomeadamente de Lagoa e Tavira (Fuseta) saíram pipas de vinho, via fluvial com destino a Gaia, de modo a manter a produção de Vinho do Porto. Esta intervenção prolongou-se por uma década.
Lagoa foi até aos anos 70, do seculo passado, um Concelho essencialmente agrícola, tendo desenvolvido várias culturas, onde predominou a cultura da vinha que se estendia desde o litoral às grandes extensões que avançavam para Norte até ao atual termo de Silves. Esta cultura originou o tão afamado Vinho de Lagoa, que levou o nome da terra e do Algarve a todo o País e ao resto do mundo. Lagoa através da Adega Cooperativa, desde a sua fundação em 1945, sempre produziu vinhos de excelente qualidade, tendo sido os seus vinhos várias vezes galardoados com o prémio de “Medalha de Ouro”, “Medalha de Prata” e” Melhor Vinho”.
Nas décadas de sessenta e setenta, no mês de setembro, era comum dizer-se que, quando se chegava a Lagoa, era feito o seguinte comentário: “cheira a vinho” – era o mosto em fermentação nas várias adegas, num total de 15 (quinze), que laboravam na então na vila de Lagoa e arredores.
Os setores produtivos do Algarve e de Lagoa – agricultura, indústria conserveira e pescas – sofreram a partir da década de setenta uma enorme quebra, em virtude do aparecimento do Turismo, passando a região a depender apenas deste sector produtivo e afins. Foi notória, ao longo dos anos setenta e oitenta, a falta de apoio aos sectores de produção, para que estes se pudessem modernizar e tornar mais competitivos. No que concerne à viticultura, depois de ter atingido, até meados dos anos setenta, níveis de produção na ordem dos 5 milhões de litros de vinho, este setor sofreu uma redução drástica. Esta situação levou ao encerramento das Adegas Cooperativas de Tavira e Portimão. Restaram as de Lagos e Lagoa, representando esta, praticamente, quase toda a produção do vinho da região.
Com o aparecimento da Comissão Vitivinícola Regional do Algarve (CVR), em 1998, foi então implementado um programa de reestruturação da vinha, tendo-se verificado em três anos um aumento de quinhentos por cento a área da vinha convertida, verificando-se a existência de cerca de 800 hectares de vinha já reestruturada, adaptada às novas tecnologias e com novas castas. As até então dominantes, tais como a negra-mole, periquita, crato-preto, crato-branco ou boal, volvidas que foram algumas experiências e, dando estas bons resultados, passaram também a ter como parceiros as castas aragonês, touriga nacional, cabernet sauvignon e syrah. Hoje, a modernização é bem visível com o aparecimento de novos produtores e introdução de novas tecnologias (rega).
No início do ano 2000, o Algarve – Lagoa em particular – viu ressurgir de novo a cultura da vinha e do vinho, com o aparecimento de novas culturas na área da vitivinicultura, com a introdução de novas castas e altas tecnologias de produção. Prova disso mesmo, é a origem da “ÚNICA – ADEGA COOPERATIVA DO ALGARVE”, resultado da fusão das Adegas Cooperativas de Lagos e Lagoa em 27 de Março de 2008, como forma de superar algumas dificuldades que vinham afetando o setor cooperativo do mundo vinícola. A boa qualidade das uvas atualmente produzidas, o esmerado cultivo das explorações, aliado a uma excelente qualificação técnica do seu pessoal e alta tecnologia de produção, elevaram a qualidade dos vinhos produzidos no Concelho de Lagoa, para um nível superior, que o tornou muito apreciado por inúmeros consumidores, tanto a nível Nacional como Internacional, pelo que podemos considerar Lagoa símbolo da região e até denominá-la como a “CATEDRAL DO VINHO DO ALGARVE”.
Hoje, é do conhecimento geral dos profissionais do setor vinícola do Concelho de Lagoa, que só intervindo seriamente na vinha se pode garantir qualidade e competitividade do produto final, o vinho. Nos últimos anos, foi feita uma completa revolução na vinha, com a utilização das mais modernas tecnologias disponíveis no mercado e em centros de investigação, em detrimento das práticas ancestrais. O Concelho de Lagoa, atualmente com dez (10) produtores, com as suas explorações devidamente modernizadas e acompanhadas por técnicos altamente qualificados, apresenta um volume total na ordem dos 505.000 litros de vinho, entre Tintos, Brancos, Rosé, Licorosos e Aguardentes, perspetivando-se, a curto prazo, o investimento de mais produtores.
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Lagoa D.O.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem de “Lagoa” abrange 4 concelhos na região do Algarve nomeadamente, Albufeira, Lagoa, Loulé (freguesias de Almancil, Boliqueime, Quarteira, São Clemente e São Sebastião e parte das freguesias de Alte, Querença e Salir) e Silves, (freguesias de Alcantarilha, Armação de Pera e parte das freguesias de São Bartolomeu de Messines e Silves).
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Características Organoléticas dos Vinhos de Lagoa
Vinhos Tintos
Apresentam uma cor rubi que, com o envelhecimento, adquire um tom topázio. São aveludados, encorpados, frutados, pouco acídulos e quentes. Fáceis de beber, evoluem muito bem e têm grande longevidade.
Vinhos Brancos
Apresentam uma cor citrina, sendo robustos e suaves, com algum corpo e grande capacidade de evolução.
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Castas Recomendadas à Produção de Vinho Lagoa D.O.
Castas Tintas: Negra Mole e Trincadeira (no conjunto ou em separado, com um mínimo de 70% do encepamento), Alicante-Bouschet, Aragonez, Cabernet-Sauvignon, Castelão, Monvedro, Moreto, Syrah, Touriga-Franca e Touriga Nacional.
Castas Brancas: Síria (Roupeiro) e Arinto, (com um mínimo de 70% de encepamento), Manteúdo, Moscatel-Graúdo, Perrum, Rabo-de-Ovelha, Sauvignon.
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Visita às Quintas
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